Tolerância Zero à Mutilação Genital Feminina
Uma prática ilegal e uma violação contra os direitos da mulher
O Dia Internacional da Tolerância Zero Contra a Mutilação Genital Feminina é assinalado hoje, 6 de fevereiro.
A Mutilação Genital Feminina - MGF - é uma prática comum nalguns países de África, Meio Oriente e Ásia, bem como nas comunidades emigradas em todo o mundo, para eliminar o prazer sexual da mulher. Trata-se de uma prática ilegal e uma violação contra os direitos da mulher.
MGF é um ato doloroso e perigoso que pode resultar em infeções graves ou até morte.
A data serve para chamar atenção da população para combater essa prática nefasta que afeta milhares de meninas e mulheres, nos países em que a MGF é uma tradição cultural ou religiosa.
A MGF consiste na remoção parcial ou total da genitália externa da mulher, por razões não médicas e é feita com recurso a lâminas e outros instrumentos não esterilizados.
A Mutilação genital feminina vitimou, até julho de 2019, mais de 200 milhões de meninas e mulheres, ainda assim, a prática continua a ser uma realidade.
Nada Hasan, 12 anos, egípcia é uma das vítimas da MGF. A menina terá sofrido complicações e acabou por morrer, na semana passada, após ter sido submetida a mutilação genital feminina sem qualquer tipo de anestesia.
Muitas vezes razões culturais e financeiras estão por detrás da Mutilação genital feminina conforme disse à BBC, Alice Jebet, uma menina de 14 anos.
"Os meus pais forçam-nos a fazer a mutilação genital feminina porque querem o dote. Quando as raparigas são excisadas, os pais já planearam casá-las com alguém. Quando terminam a iniciação, os pais apresentam-nas ao marido, cuja família lhe dá vacas como dote", explicou.