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Raio de Sol

Revista eletrónica especializada, sobre a mulher e a forma como ela vê o mundo.

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Tolerância Zero à Mutilação Genital Feminina

Uma prática ilegal e uma violação contra os direitos da mulher

06.02.20

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O Dia Internacional da Tolerância Zero Contra a Mutilação Genital Feminina é assinalado hoje, 6 de fevereiro. 

A Mutilação Genital Feminina - MGF - é uma prática comum nalguns países de África, Meio Oriente e Ásia, bem como nas comunidades emigradas em todo o mundo, para eliminar o prazer sexual da mulher. Trata-se de uma prática ilegal e uma violação contra os direitos da mulher. 

MGF é um ato doloroso e perigoso que pode resultar em infeções graves ou até morte.

A data serve para chamar atenção da população para combater essa prática nefasta que afeta milhares de meninas e mulheres, nos países em que a MGF é uma tradição cultural ou religiosa.

A MGF consiste na remoção parcial ou total da genitália externa da mulher, por razões não médicas e é feita com recurso a lâminas e outros instrumentos não esterilizados.

A Mutilação genital feminina vitimou, até julho de 2019, mais de 200 milhões de meninas e mulheres, ainda assim, a prática continua a ser uma realidade.

Nada Hasan, 12 anos, egípcia é uma das vítimas da MGF. A menina terá sofrido complicações e acabou por morrer, na semana passada, após ter sido submetida a mutilação genital feminina sem qualquer tipo de anestesia. 

Muitas vezes razões culturais e financeiras estão por detrás da Mutilação genital feminina conforme disse à BBC, Alice Jebet, uma menina de 14 anos.

"Os meus pais forçam-nos a fazer a mutilação genital feminina porque querem o dote. Quando as raparigas são excisadas, os pais já planearam casá-las com alguém. Quando terminam a iniciação, os pais apresentam-nas ao marido, cuja família lhe dá vacas como dote", explicou.